quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Do término ao começo

"Should i decide it's true
that you would leave if given half the chance to go and
i'd be left here on my own
to find myself in bed
wishing everything that changed would be the same"

(Foto:Pequenas Epifanias)


É, agora sim o ano está acabando. E eu nem sei o que fazer ainda.
2010 não foi um ano de todo ruim, mas também não foi bom. Ano de tristezas e decepções ao meu ver, de doenças, dores, amores, emoções fortes a todo instante... Ano que eu conheci grandes pessoas e me perdi de varias, ano que eu comecei a enxergar as coisas de uma forma mais racional por conta da propria complexidade da vida.

E agora ele se vai e outro vem com novas propostas e espectativas que se tudo sair como planejado darão certo.
Agora 2010, pode acabar e leve com você todas as coisas ruins, todas as lembranças e as dores, e me deixe apenas com coisas boas.

Desejo um feliz natal a todos.

sábado, 27 de novembro de 2010

O mundo muda a gente muda

"I wanna break every clock
The hands of time could never move again
We could stay in this moment (stay in this moment)
For the rest of our lives
Is it over now hey, is it over now"




A um ano atrás tudo era TÃO diferente. Eu nem esperava que tant coisa assim fosse acontecer.

Há um ano atrás no dia de ontem eu estava na faculdade desmaiando depois de uma borboleta pousar na minha blusa, no dia de hoje eu estava com a minha prima no shopping assistindo 2012, vendo melissas e procurando um boné que ela tanto queria, eu assistiria o show do Buddy Guy, melhor show da minha vida e tomaria a maior chuva da história, brigaria com meu melhor amigo e ficaria 3 horas no ponto esperando o ônibus.

Hoje eu tô aqui, sem nada.

Há um ano atras eu nem imaginava que conheceria uma pessoa tão legal. Engraçado que saber que ao mesmo tempo que eu estava fazendo todas essas coisas legais você estava terminando um relacionamento de dois anos e que passaria quase um ano até a gente se conhecer.

Eu sei lá. Eu também tinha tantos planos diferentes. 2010 para mim seria o ano das flores, o ano que eu ia conseguir tudo e que tudo ia dar certo, mas foi o ano do avesso, onde tudo deu errado. Até a gente.

Confesso que por algum tempo eu achei que tudo se resolveria, que tudo ia ser completamente lindo e que eu ficaria para sempre feliz, mas era só ilusão. SÓ ILUSÃO.
Enquanto tiver uma coisa pendente, as outras não podem fluir. E é ssim que é, e eu preciso me livrar dessa pendência antes que eu me acabe, ou antes que tudo acabe da pior forma possivel, eu queria arrancar essa confusão de dentro de mim.

Eu queria você. Porque você me fez bem.

Você vai lembrar de mim


♫ "Quando eu te vejo
Espero teu beijo
Não sinto vergonha
Apenas desejo

Minha boca encosta
Em tua boca que treme
Meus olhos eu fecho
Mas os teus estão abertos

Tudo bem se não deu certo
Eu achei que nós chegamos tão perto
Mas agora com certeza eu enxergo
Que no fim eu amei por nós dois

Esse foi um beijo de despedida
Que se dá uma vez só na vida
Explica tudo, sem brigas
E clareia o mais escuro dos dias

Mas você lembra!
Você vai lembrar de mim
Que o nosso amor valeu a pena
Lembra é o nosso final feliz
Você vai lembrar...
Vai lembrar...sim...
Você vai lembrar de mim." ♫


domingo, 14 de novembro de 2010

Deixa a vida vir, acontecer e ser melhor.

"Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
O dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
...E o mundo é perfeito"









Descobrir o verdadeiro sentido das coisas é querer saber demais.


"Nem toda palavra é
Aquilo que o dicionário diz
Nem todo pedaço de pedra
Se parece com tijolo ou com pedra de giz

Avião parece passarinho
Que não sabe bater asa
Passarinho voando longe
Parece borboleta que fugiu de casa

Borboleta parece flor
Que o vento tirou pra dançar

Flor parece a gente
Pois somos semente do que ainda virá

A gente parece formiga
Lá de cima do avião
O céu parece um chão de areia
Parece descanso pra minha oração

A nuvem parece fumaça
Tem gente que acha que ela é algodão
Algodão as vezes é doce
Mas as vezes né doce não

Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
O dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar

Hum... E o mundo é perfeito
Hum... E o mundo é perfeito
E o mundo é perfeito

Eu não pareço meu pai
Nem pareço com meu irmão
Sei que toda mãe é santa
Sei que incerteza traz inspiração

Tem beijo que parece mordida
Tem mordida que parece carinho
Tem carinho que parece briga
Tem briga que aparece pra trazer sorriso


Tem riso que parece choro
Tem choro que é por alegria
Tem dia que parece noite
E a tristeza parece poesia


Tem motivo pra viver de novo
Tem o novo que quer ter motivo
Tem a sede que morre no seio
Nota que fermata quando desafino

Descobrir o verdadeiro sentido das coisas
É querer saber demais

Querer saber demais

Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
O dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar

Mas sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
E o dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
E o mundo é perfeito
E o mundo é perfeito
E o mundo é perfeito..."




Deixa a vida vir, acontecer e ser melhor.
Tá tudo bem, mesmo que não esteja. Por hoje, por hora, por enquanto.


Pra ler ouvindo: O Teatro Mágico - "Sonho de Uma Flauta"

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Me avise quando for só indiferença

"Let's get fucked up and die
I'm speaking figuratively, of course
Like the last time I committed suicide
Social suicide
Yeah, so I'm already dead on the inside
But I can still pretend with my memories and photographs
I've learned to love the lie."

(Imagem: ekshijander)






Tomara que você morra de gripe aviária, filho da puta.

É dor meio conhecida. E desalento por mim, e por ele. E por tudo o que a gente nunca vai ser. E meio triste.

É raiva. De mim, mais do que dele. É angústia e aperto no peito. É impotência. É querer mudar tudo e não querer mais nada.

É lembrar que dá pra esquecer. E saber que ainda vai levar um tempo. De novo e outra vez. Mais uma vez. A última vez.

É desconforto. E são duas lágrimas. E riso histérico desesperado. É o soco no estômago antes do grito abafado.

É o sentir intenso de quem deseja nada mais do que olhar e não sentir mais coisa alguma. É esperar a indiferença. É rezar e pedir pra que seja indiferença. Um dia. Mesmo que leve tempo. Todo o tempo, e o tempo todo. Que me restar, que me sobrar, que me perder.

Tomara que você morra de gripe aviára, filho da puta.



Pra ler ouvindo: Motion City Soundtrack - "Let´s get fucked up and die"

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

En -tô- lado.

"And we're driving just as fast as we can
And we're racing to outrun the wind
It's just me and you and you and me (...)
The highlight comes when you kiss me
And the stereo sings our sing
And we don't hesitate sing
And we're miles from the middle of nowhere
And neither of us seems to care
And that's why I love you so-o-o"

(Foto: Nauseas e Rabiscos)

Eu queria ter coragem suficente de falar tudo que eu tenho engasgado aqui na minha garganta e no meu coração, e eu queria que você entendesse de uma forma simples e bonita, sem brigas, sem rancor, sem meses sem se ver, sem conversar tentando tirar de você tudo que eu sei que existe.

Pode parecer louco, bobo pra quem vê tudo isso de fora, pode parecer isso para você, mas eu vejo de uma forma tão diferente, tão surreal. A verdade, é que eu não consigo me imaginar daqui uns anos sem você, porque para mim é isso, vai ser esse lenga-lenga mal resolvido e um dia qualquer em somewhere only we know a gente vai perceber que não tem outra opção e que todos esses anos foram inseguranças e tempo perdido.

Eu não queria que fosse assim, mas tento acreditar que ainda não estamos devidamente preparados para alguma coisa e que estaremos no futuro, e que as nossas promessas são de verdade, e que tudo vai dar certo, porque desde já eu tenho me esforçado o máximo para isso.

O que eu queria mesmo era saber como você encara toda essa coisa estranha dentro da gente que nunca vai embora. Eu queria entender como você convive com isso, se você deixa guardado embaixo dos tapetes como eu ou se você esqueceu, ou se pensa muito a respeito e se as suas demonstrações são mesmo verdadeiras, porque as vezes me paressem absolutamente reais, mas as vezes eu fico em dúvida.

Eu tenho medo de estar só me iludindo com uma coisa surreal que nunca vai acontecer. Medo de algum dia a gente se separar e cada um ir para algum canto, de eu ir morar no interior e você no centro, de você continuar com essa menina estranha que caiu do nada na sua vida e que as vezes eu também tenho dúvidas que exista de verdade, dos meus amores curtos, das minhas desistências, da distância...

Eu sei que talvez você nunca leia isso, que se ler talvez não dê importancia ou qualquer coisa do gênero, mas eu queria muito que você lesse e comprrendesse tudo que eu sinto, o que eu sempre quis falar e nunca tive coragem, porque eu tenho medo da sua reação, porque o que eu sinto é maior do que qualquer coisa explicavel ou entendivel.

Eu tenho medo. Medo de ouvir a sua voz do outro lado da linha, de te ver, de abrir a minha caixa de emails pela manhã e encontrar respostas suas, de acabar me desconectando de você por algum motivo, de tudo isso não passar de uma ilusão perdida e me fazer sofrer.

Sabe, vira e mexe eu fico pensando na gente, em tudo que aconteceu, no que acontece, em como eu me lembro detalhes de como tudo começou, de cada encontro nosso, da minha agonia ao te esperar toda manhã e da dor que eu sentia quando você estava ausente. E eu não quero nunca mais sentir essa dor de você estar ausente porque é péssimo. Quem disse que saudade é boa que vá a merda, saudade dói.

As vezes eu penso em sumir. Desaparecer de vez da sua vida sem deixar rastros porque talvez seja melhor para nós. Mas não, nós precisamos estar perto, temos a necessidade de dever satisfações sobre tudo que fazemos, sobre tudo que vivemos e você me acalma. Não é atoa que depois de tantas brigas feias estamos aqui lado a lado...

Eu só espero que dessa vez, todos os meus planos consigam dar certo. E que eu não esteja me enganando.

Para ler ouvindo: Cold War Transmission -Anberlin

Para assistir depois de ler: Reflections of a Skyline

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A gente é desperdício

"This is the hardest story,
that I have ever told,
No hope, or love, or glory,
Happy ending's gone forever more
I feel as if I'm wasting,
And I've wasted every day


This is the way you left me,
I'm not pretending,
No hope, no love, no glory,
No happy ending
This is the way that we love,
Like it's forever,
We live the rest of our life,
But not together"

(Imagem: Lu)

É o resultado de andar pra trás


Eu não gosto de quem eu sou quando estou com você. Mas eu gosto tanto de você, que eu prefiro aceitar. Dá pra entender? Cada vez que eu faço isso, é o mesmo que dizer que eu gosto mais de você do que de mim. É errado. É meio épico, e meio patético. E tem que deixar de ser.

Você é o meu clichê. Você é a minha melhor parte. E a minha pior. Sempre foi. Já reparou que o nosso "sempre" nunca acaba? Ele volta, todas as vezes. E você conhece tudo. É esse conforto de não precisar mentir quem eu fui, e quem eu sou.

E é a sua empolgação e a sua indiferença que me desnorteam com a mesma intensidade. É o seu silêncio. Porque você não fala. E quando você não fala, eu sei que tá tudo errado. É sempre quando você não fala, que eu sei que você enjôou, ou cansou, ou descobriu uma outra coisa nova.

O que dói de verdade, é que você não fala exatamente porque você tem esse carinho imenso. Você não aguenta olhar pra mim e ver o que você faz toda vez que você se cansa. Te arrebenta ter que se explicar. Então você simplesmente não explica. Você espera que eu entenda o seu silêncio. Porque você sabe que eu não vou perguntar. Eu não aguento ouvir tanto quanto você não consegue dizer.

E vão passar os dias, os meses. Eu vou chorar até perder o fôlego, e depois eu vou querer morrer de raiva. E de culpa. E aí eu vou esquecer. Por um tempo, por todo o tempo. E esperando contrariar toda a minha esperança, eu vou pedir em segredo que eu nunca mais te veja. Nem mais uma vez, nem nunca.

Já não é mais tristeza. É só cansaço. A gente só se perde quando a gente se encontra. Não é pra ser. Nunca vai. É a vida que segue.



Pra ler ouvindo: Mika - Happy Ending

domingo, 24 de outubro de 2010

Só enquanto eu respirar

"O dia mente a cor da noite
E o diamante a cor dos olhos
Os olhos mentem dia e noite a dor da gente"

(Imagem: BriannaStudio)



É isso de poesia pra ninguém.




Enquanto houver você do outro lado
Aqui do outro eu consigo me orientar
A cena repete a cena se inverte
Enchendo a minh'alma d'aquilo que outrora eu deixei de acreditar


Tua palavra, tua história
Tua verdade fazendo escola
E tua ausência fazendo silêncio em todo lugar

Metade de mim
Agora é assim
De um lado a poesia, o verbo, a saudade
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim
E o fim é belo incerto... depende de como você vê
O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só

Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você
Só enquanto eu respirar

Pra ler ouvindo: O Teatro Mágico - O Anjo Mais Velho

sábado, 23 de outubro de 2010

Deixa correr

"When we see the lights
and we hear the fights
It's gonna be a stunner
I've got something here
If you give me one more beer
I'm gonna call the runner

I don't want to say
What I have to say
If I'm kicking off now
If you wanna go
I'm gonna go
I'm going back down south now"

(Imagem: gloeckchen)




É isso de querer fugir.


Sei lá. Eu quero correr até perder o fôlego e não sentir mais as pernas. Novos rostos, novas palavras, novos toques. Levar só o que for importante o bastante pra eu não esquecer de onde eu vim. E que não seja relevante o bastante pra que eu não lembre o tempo todo do que eu preciso esquecer.

Certas coisas... É simplesmente andar pra trás. Tudo começou com esse andar pra trás disfarçado de um novo começo. Sobra frustração. Falta paciência.

Pra ler ouvindo: Kings Of Leon - "Back Down South"

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Eu, eu mesma e Camila

"Perfect little dream the kind that hurts the most
forgot how it feels well almost
no one to blame always the same
open my eyes wake up in flames"

(Foto: Lookin_in)

Eu não tenho a pretenção de mudar o mundo nem de alcançar a verdadeira utopia. Eu só quero a minha paz.

Eu não ligo para o que as pessoas pensam ou para o que elas fazem. Eu não acho que isso vai mudar a minha vida em alguma coisa. Eu não sou a melhor pessoa do mundo, eu me canso das pessoas, eu tenho as minhas crises, as minhas vontades de jogar tudo para o alto e mandar todo mundo para a puta que pariu.

Eu não me acho melhor que ninguém, eu não tenho inveja de ninguém, nem quero nada igual ao que as outras pessoas tenham, eu sou apenas eu, e gosto de ser assim. Eu não tenho motivo para falar mal das pessoas, para falsidade e esse tipo de mimimi, eu tenho motivos para reclamar delas, o que ao meu ver é diferente. Eu não ligo para pessoas que fazem as coisas querendo se mostrar superiores, para mim não faz efeito em nada, só me mostra o quão idiota e criança a pessoa é.

Eu não gosto de gente com frescurinha, de gente lerda, preguiçosa e desinteressada. Eu não trato bem as pessoas quando acho que elas não merecem, e não é questão de ser ou não arrogante, é justiça. Mas eu sempre tento tratar todo mundo bem, todo mundo igual, não sei se eu consigo, mas as vezes eu não ligo se as pessoas me tratam bem ou não, acho que é uma questão de educação e isso eu tenho e prezo muito.

Eu sou chata, já aviso desde o inicio. Eu sou de lua e mudo de humor toda hora, eu faço merda sem pensar, e eu posso até me enfiar em problemas as vezes, mas eu não gosto de ficar cutucando as coisas. Antes eu cutucava tudo, mas com o tempo acho que fui aprendendo, hoje eu largo como tá e deixo as coisas irem se ajeitando.

Eu não guardo rancor das pessoas, embora pareça. Eu posso brigar, ouvir falar mal de mim, seja lá o que acontercer, mas no dia seguinte esta tudo bem. As vezes nem tão no dia seguinte assim mas depois de alguns...

Eu gosto de conhecer as pessoas, mas antes eu gosto de ficar observando elas, vendo com se comportam, imaginando o que gostam, como elas são... Eu gosto de ouvir música ruim, de fossa daquelas de chorar e gosto de me iludir com as coisas, pensar como vai ser daqui uns anos, e ficar feliz e depois ficar triste e ver que tudo apenas passou, e ficar feliz por ter acabado e ficar triste por ter acabado assim do nada.

Eu tenho mania de apego e eu sofro com ela. Estranho né? Eu não consigo usar a mesma roupa se ela me lembra algo ruim, nem se ela me lembra algo bom que eu passei mais que acabou, nem consigo apagar as mensagens do celular que me lembram coisas boas, nem as ligações, nem os números, nem a sujeira de terra do tenis, nem jogar fora a bolsa velha, ou a tampa da caneta... É como no ultimo episódio de How I Meet YourMother, que eles falam que depois de um tempo você consegue desapegar, mas você precisa antes de tudo, estar seguro de que não vai mais precisar daquilo, e eu ainda sou insegura demais.

Minha memória é horrivel e eu nunca lembro de nada, mas uma outra coisa que eu acho estranhissimo é o dom, se é que pode ser dito assim, que eu tenho de lembrar dos minimos detalhes das coisas e guardar isso por anos e anos e anos...

Sabe, eu me acho a pessoa mais esquisita do mundo e as vezes eu nem sei quem eu sou. Hoje é um dia desses. Por nada, por coisa nenhuma eu já estou perdida, deprimida e com vontade de nada. E tudo isso porque no fundo eu só quero uma coisa, uma ilusão falida.

Eu só quero ser feliz. Do jeito que eu acredito que vai ser, porque se não for assim, eu não sei como vai ser, eu não tenho mais nenhum plano B.

Para ler ouvindo: Coldplay - See You Soon ou qualquer outra música triste que faça pensar.

KOL

"Come on down and dance,
If you get the chance,
We're gonna spit on the rival.
All I wanna know,
Is how far you wanna go,
Fighting for survival."

(Imagem: S. Miyazaki)

É mágica besta que muda tudo. E nada.

Se é que existe alguma proposta, essa certamente foge de todas elas. Eu já assisti há alguns shows ao vivo. Eu já gritei e pulei muito. Principalmente quando eu era mais novinha. Eu já gostei de muita música ruim, e já passei por fases em que eu nem sabia, de fato, o que era música.


Eu fui no SWU pra ver Kings Of Leon. Eu gosto de Sublime, e mais ainda de Dave Matthews Band. E eu pulei, e gritei e cantei quando ouvi os primeiros acordes de "Ants Marching". E subi na grade e gritei mais quando o DMB voltou pra tocar "Tripping Billies". E, muito provavelmente, só quem curte a banda desde a adolescência vai entender o que é ouvir "Tripping Billies" ao vivo. Mas... eu fui no SWU pra ver Kings Of Leon.


Não que eu tivesse o sonho de ver a banda tocar. Porque eu não "sonho" com essas coisas. Mas sei lá. Eu fui pro SWU e isso era o que eu tinha na cabeça. Uma coisa meio assim, "que seja". Você chega sozinha em um lugar e vê tanta gente, uma massa que se move e se une por uma coisa em comum, que na verdade nem é tão comum assim. Porque era MUITA gente. E era muita expectativa, e muito cansaço, e muito frio, e fome, e vontade de fazer xixi, e pés doloridos, e voz rouca de garganta arranhando.


Quando eu ouvi os primeiros acordes de "Crawl", eu me senti saindo do meu corpo e assistindo tudo assim, de cima. É mágica besta que muda tudo. E nada. E eu sei que eu gritei, e pulei, e cantei, e me abracei com gente que eu nem conhecia. Mas parecia que eu via tudo isso de longe. É um sentir todas as coisas estranhas saírem de dentro de você e se misturarem no som, e nas palavras e nos rostos ao seu redor.


Sei lá por qual motivo, deixei algumas lágrimas brotarem em "Molly´s Chambers". Talvez por ter sido a primeira música do KOL que eu ouvi na vida. Ou não. Não sei mesmo. Já pelo que seria a metade do show, "Revelry" me lembravam tantas coisas que eu pensava e não conseguia me lembrar de nada.


Quando "Back Down South" começou, eu já nem sentia mais nada. Era como se uma onda, e outra, e outra atingissem o meu corpo repetidas vezes e fosse só alívio. Surreal. O encore, a volta pro bis, foi ainda mais fantástica. Sete minutos (que não foram, e nem poderiam ser, sete minutos) de "Knocked Up", seguida de "Manhattan", e finalmente a tão pedida "Use Somebody", que 56 mil pessoas cantaram em um coro de arrepiar até os fãs que mais odeiam o fato da música ser modinha.


Talvez só quem ficou pra ver até o fim de "Black Thumbnail", última música tocada pelos Followill, vai entender o vazio transbordante que eu senti ali, cercada pela massa de pessoas que já começavam a se dirigir pra saída da Fazenda Maeda. Um vazio mais completo do que vazio, de fato. É essa sensação que a Clarice Lispector descreve tão bem: de querer viver só nas exceções, embora a vida seja feita de cotidianos.


Não consegui retomar o meu cotidiano. Continuo parada na exceção.


segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Tudo bem

"Try, try, try just a little bit harder
So I can love, love, love him, I tell myself
Well, I'm gonna try yeah, just a little bit harder
So I won't lose, lose, lose him to nobody else.
Hey! I've waited so long for soemone so fine
I ain't gonna lose my chance, no I don't wanna lose it,
If it's a dream I don't want nobody to wake me."

(Foto: Pequenas Epifanias)

Planos, planos, planos, ilusões, ilusões, confusões...

Eu não sei o que é, de onde surgiu, como aconteceu. Pessoa que aparece do nada na sua vida numa tarde de terça-feira nublada e te deixa anestesiado e fora da realidade. Quatro semanas das melhores conversas, de risos e ansiedades e telefonemas de madrugada.

Rápido, mais uma vez tudo muito rápido. Conversas sequênciais o dia todo, saudades, sms, encontros, voz macia, noites conversando, e as vezes eu começo a pensar em como eu posso cuidar de alguém se eu nem ao menos sei direito quem sou.

Tudo está bem, tuuuuuudo indo bem e espero que continue. Não quero ter aquela frustração toda novamente, não quero mudar a cor do cabelo nem deixar de usar novamente o esmalte azul que eu tanto gosto. Eu não posso querer fugir de uma coisa que mal começou. Eu sei, tenho que me acalmar e deixar rolar, sem pensar muito...

De todas as coisas que eu vi até agora, não existe nenhuma que eu possa dizer que não gostei. Eu quero tanto tudo isso perto de mim por um tempo indeterminado.

Para ler ouvindo: Motion City Soundtrack - The Conversation

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Setembro

"I wanna break every clock
The hands of time could never move again
We could stay in this moment
For the rest of our lives
Is it over now?
Hey, is it over now?"

(Imagem: gloeckchen)

É querer voltar o tempo pra viver de novo.



Eu sinto falta do mês passado. Faz sentido? Sei lá, eu acho que o meu momento era melhor lá do que é agora, aqui. Engraçado como tudo acontece, e nada muda, e o mundo gira e eu sinto que corri tanto que perdi o fôlego, sem ter saído do lugar. É um êxtase atrasado, meio sem sentido, meio fora de propósito.

É essa preguiça louca de começar a entender algumas coisas. Eu gosto do que foi o passado recente e não quero me mexer. Não é nem que seja confortável, porque não é. Setembro foi uma correria doida, cheio de nós se desatando, se perdendo e se amarrando de novo. Mas foi uma coisa de vida acontecendo por todo o canto, que me dava medo e fascinava.

Algo como querer voltar no tempo pra viver de novo, e não pra mudar o que aconteceu. Talvez aprender mais, aproveitar mais. E apressar menos. Eu quero tudo o que ainda vai vir, mas é esse primeiro passo que demora, que atrasa, que segura no que ainda é cor, no que é claro, no que é vivo. Porque tem receio de que melhor, não dê pra ser.

Mas, o que é o "melhor", afinal? Por enquanto, não dá pra saber.


Pra ler ouvindo: Anberlin - "Inevitable"

sábado, 2 de outubro de 2010

Você passou

"It's a new day
It's a bright day
Even when you stand in the dark
It's just that you've been broken
50 pieces"

(Foto: Pequenas Epifanias)

Tudo que eu sentia até ontem, eu começo a fazer questão de não sentir mais.

Um encontro, uma letra de música, a sua presença, a sua lembrança não me doem mais. O tempo passou e trouxe algumas decepções do que pra mim era bom e real. Eu estava errada, eu estava num beco fechado e sem saida, mas você abriu as portas para a minha liberdade.

Foi uma passagem dolorida, mas a dor passou, descarreguei meus pesadelos em música e me livrei de todo o seu mal. Estou me encontrando agora. Todos os dias eu me acho em alguém tão chato quanto eu, com bom gosto musical e mania de cócegas, que gosta de suco de laranja com gominhos e bolo de abacaxi...

Agora eu fico hiperativa com uma coisa confusa que me parece real, que eu não sinto que vai me machucar.

E quanto a você, bem, eu posso viver em paz agora.

Para ler ouvindo: Acetone - Pinch

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

25.

"I read the books then I burned the pages
Found the birds screaming in their cages
Where are the young voices of all ages
I would die to hear them sing

You don't have to go the lonely way
That directs your heart with sorrow
And leads your mind in disarray
Don't pretend that you don't know
25 years and nothing to show"


(Imagem: Sheppy2123)


É isso de envelhecer. E não envelhecer nunca.

Eu sou isso aqui. Nem mais, nem menos, nem nada. Sou todos esses anos marcados, gravados, chorados, gritados, brigados, bebidos, cantados, abraçados, descartados, descobertos, amados. Conquistados. Sou todas as minhas coisas e um pouco de todo mundo que eu fui deixando pelo caminho. E de quem eu ainda levo comigo. E da minha família.

São 25 anos de teimosia, de cabeçadas, de sonhos frustrados, de decisões mal tomadas, de indecisões, de conversas não terminadas, de relações mal resolvidas, de falta de jeito, de pensamentos não ditos, de lágrimas, de mal-entendidos, de vergonhas. De sentimentos.

E são 25 anos de toques, de bons encontros, de gargalhadas, de chocolates, de tatuagens, de arrepios, de frios na barriga, de porres, de coragem, de loirices, de conhecimento, de saltos, de beijos, de barulhos bons, de sinceridade, de amizades. De vida.

Hoje eu deixo tudo como está quando eu não sei resolver. O mundo se encaixa por si só. O que tem que voltar, sempre volta. E o que já foi, se não voltar, fica pelo menos a lembrança de um aprendizado, mesmo confuso, mesmo doído, mesmo sonhado. É deixar ser o que é, mesmo que não se saiba o que é que será.


Pra ler ouvindo: Harper Blynn - "25 Years"

sábado, 25 de setembro de 2010

Se eu mudei (e, sim, eu mudei).

Can we count on our conversations
To restore it like energon cubes?
Made one wish for a permanent kiss
That would echo through these bones like arsenic
I can figure out the point of anything
Just not as quick as I can mess up my life
With all my dreams hooked to hospital machines
I think, "Lets try redefining beautiful."


(Imagem: leilazhanybekova)



Não é problema meu



Eu mudei. Nos últimos tempos, e já há algum tempo. As pessoas que eu conheci, as coisas que eu vivi, as respirações que eu senti, as conversas que eu ouvi, as conclusões que eu nunca cheguei. Tudo foi me moldando, me construindo e desarrumando tudo o que já era fora de lugar.

Mudou o meu sorriso. Agora é mais duradouro, e mais sincero também. É mais leve, mais completo. As palavras. São mais seguras e claras. E menos sussurradas. O cabelo. Mais liso, mais escuro e mais “eu”. Os passos. São mais firmes. E menos guiados – são mais meus. O pensamento. É mais atento e acelerado. E menos ingênuo. Os olhos. Mais velhos, mais sábios. E menos sonhadores.

E não é problema meu. Se alguém não sabe lidar com que eu sou agora. Não existe isso de voltar a vida pra trás porque era mais confortável me deixar no escuro e se apoiar na minha admiração desmedida. Eu vou ser tudo aquilo que eu preferir. Não vou deixar de questionar, e procurar, e desconsertar.

Imperfeita. Incompleta. Mas real.


Pra ler ouvindo: Motion City Soundtrack - "Point Of Extinction"

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Meet me in Montauk

"As the memories fade away
I'm left with nothing of those days
As I beg for one last chance for you to stay
you pull me in and whisper in my ear: Meet me in Montauk!"

(Imagem: Os Gêmeos)

Só estou aqui para afirmar que eu sinto uma saudade tão boa...

Nem faz tanto tempo assim, mas você me faz uma falta danada e três dias pareceram três meses, mas falar com você novamente me trás uma paz tão absurdamente limpa e serena que me faz flutuar.

Sorriso nas orelhas, bom humor, piadinhas idiotas, expressam mais do que saudade. Eu me senti nas nuvens.

Já ouvi dizer que saudade lateja, dói, queima a alma, mas a minha não. É uma saudade boa de sentir, daquelas que quando as pessoas se vêem elas ficam felizes, se emocionam... daquelas que só de lembrar da vontade de chorar de felicidade, especialmente por saber que existe alguém que te deixa assim.

Seja lá onde quer que você esteja, você está sempre comigo e eu estou sempre com você...

"Meet me in Montauk!"


Para ler ouvindo: The girl from back then - Kings Of Convenience

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Sem Desperdício

She says: 'Won´t you take me?
When I let you take me away
I let you break me
And don´t you waste me
When I let you take me away
I let you take me here, why don´t you take me?'


(Imagem: gloeckchen)



Sem certeza.



Já há algum tempo eu decidi que nada mais seria desperdício. Que eu tentaria absorver alguma coisa nova em tudo e qualquer coisa que eu fizesse. Porque eu acho que em um certo momento eu perdi tanto tempo, que hoje eu sinto que alguma coisa só vale a pena se eu conseguir ver graça e alguma coisa de interessante naquilo.


E aí tem isso de querer fazer tudo valer a pena, porque, caso contrário, é tempo perdido. E aí é tempo que volta, pessoas que mudam, rostos que passam, olhos que brilham, vontade que chega. E é tudo sincero. Sempre. Toda a minha empolgação, e as palavras complicadas, e as idéias sem sentido, e as decepções momentâneas, e os êxtases surpreendentes. Fica tudo marcado e estampado no meu rosto.


Eu gosto desses tempos. Muito mais do que do passado. Eu gosto desse lugar comum que eu me encontro hoje. Porque é lugar comum, mas é também isso de coisa nova todo dia. E é tão isso de coisa nova que, ultimamente, até o passado tem esse sentido de inédito. Mesmo com todos os problemas, e todos os inevitáveis desperdícios eventuais, é bom respirar. Eu tento evitar que desperdicem a mim, e ao meu tempo, mas tem coisas que a gente não prevê, não controla. É torcer e esperar que tudo se ajeite. São bons tempos, esperando para virar bons toques, bons beijos e bons sorrisos.


É a beleza do incerto.




sábado, 18 de setembro de 2010

Deixa perder. E se perder.

"Love tears me up like a demon.
Opens the wounds and fills them with lead,
and I'm having some trouble just breathing.
If we werent such good friends I think that I'd hate you.
If we weren't such good friends I'd wish you were dead

Skillet on the stove is such a temptation,
maybe I'll be the special one that doesnt get burned.
What the fuck was I thinking?"


(Imagem: gloeckchen)

É isso de poder dar errado. Com um tanto de belo.


Parece certo. Eu quero que seja certo. Eu agradeço se for. Mas se não for, eu não vou ficar louca. Dessa vez, e não de novo. É isso de precipitação, de uma vontade tão grande e sem propósito que te tira o senso de pensamento. É como ver o certo e o errado virarem neblina e pó.

Eu fico pensando se ainda existe qualquer coisa que deixasse um sentir pena. As vezes é, ou deveria ser, o meu olhar, ou os meus olhos, ou a minha falta de distância de todas essas coisas novas. Porque sobrava falta de tempo, e pelo tanto de tempo, definitivamente, faltou distância.

Eu acho que fui eu. Porque não existe certeza. Eram as mãos, depois os braços. E depois foram pernas, e sorrisos, e bocas e dentes e frio na barriga. E isso de sei lá mais o quê. E agora eu acho que é só isso de dar errado. Alguma coisa de belo antes de tudo se perder e se achar nessa dança louca que as pessoas chamam de vida.

É que eu sou isso tudo de estranha. E de lugar comum. Eu sou tão absurdamente esquecível que o “não-lembrar” nem tinha que me surpreender nesse tanto. Mas ainda surpreende. Eu sei que é isso de absorver. Logo passa. É só o ‘de novo’, e não mais o ‘dessa vez’.



Pra ler ouvindo: Jenny Owen Youngs - "Fuck Was I"

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Your eyes

"There are very many things
I would like to say to you,
but i've lost my way
and I've lost my words."

(Foto: la-child)

Hoje passei horas e horas olhando sua foto e percebi uma coisa que eu nunca havia percebido antes, não que eu não tivesse de fato percebido, mas eu não nunca tive coragem suficiente para falar.

Seus olhos são lindos. Belos olhos castanhos, grandes e redondos, que ao mesmo tempo descrevem felicidade e tristeza, que se confundem e me deixam confusa, e que demonstra uma dor profunda e sem solução.

Grandes olhos marrons de ternura, que me lembram uma criança com a sua bicicleta nova ganhada de natal ou um menino apaixonado no ápice do sentimento, cheio de planos, sonhos e expectativas de vida...

E eu? Eu desejo tanto que tudo dê certo, mesmo sabendo que daqui a alguns anos, você não será mais você, por que as vezes você já não é.

Mas vou orar para que você sempre encontre um caminho, mesmo sabendo que você também vai se perder pelas ruas escuras, e de longe vou olhar por você para que você, um dia se encontre novamente, e volte a ter esse mesmo olhar brilhante da foto.


Para ler ouvindo: Kings of Convenience - The Weight of My Words

Que seja o que vai ser.

“Hold on we're gonna make it if it takes all night
Hearts racing like a rocket at the speed of light
Don't fight it we've been running for far too long
We're going back where we belong”



(Imagem: Karil)


É isso de dar certo



Chega de marra e de mágoa. Por enquanto, por hoje, por essa semana. Sei lá. Pelo tempo que for, e puder ser. É pânico bom, é vento forte no rosto, é a ultima respiração antes da queda. É parar de deixar chorar, de deixar doer.

Reconhecer o que não se conhece mais. Olhar o meu novo-velho rosto e descobrir que são os mesmos velhos olhos, com novas marcas que escondem meio-sonhos ainda não realizados. E sentir o sorriso um milésimo de segundo antes dele chegar nos lábios.

É tentar nunca mais e mais uma vez. Deixar o coração explodir de tanto sentir tudo e nada, e preencher o vazio com qualquer coisa de alma que restar pelo caminho. É isso de de vez em quando. É coisa que só a gente entende. Que seja o que a gente decidir transformar. É isso de dar certo.


Para ler ouvindo: Thriving Ivory - "Where We Belong"

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Pois é

"E todo dia eu me acho, não me encaixo
E peço aos poderes lá de cima
Quebrem a minha rotina, eu quero é ação"



(Imagem: floralsky)



Mi Casa.


As palavras que foram feitas pra você falar
As palavras que foram criadas para você se queixar
As palavras

A casa que foi feita pra você morar
A casa que foi projetada para a arquitetura comportar
A casa, a velha casa

E a lareira acesa, e o nosso amor na mesa
E a chaminé cuspindo o fogo da nossa paixão
E as plantas no vaso, e tudo que eu programei
E tudo que eu reguei foi por água abaixo
Qualquer dia eu me acho

É sempre um feinho para uma feinha
Para um perdido há sempre um caminho ou vários
É olhar para o céu e ver a imensidão

E todo dia eu me acho, não me encaixo
E peço aos poderes lá de cima
Quebrem a minha rotina, eu quero é ação
Mais um dia
Mais uma noite
Mais e mais um beijo molhado
Ver do seu lado, sentir o vento
Ficar contente
E preparar aquele que virá para nos substituir

Depois eu volto com um post meu de verdade.

Eu tô bem. Por favor vida, não foda com tudo.


Pra ler ouvindo: Rebobina - "Mi Casa"

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Cabe a nós

"You fall away from your past
But it's following you now
You fall away from your past
But it's following you now"

(Foto: Nondani)

– E aquela conversa?

– Conversa? Eu não preciso mais dela. Eu já entendi tudo.

– Entendeu o que?

– Que as vezes as coisas não podem ser como a gente quer. Infelizmente.

– Mas cabe a nós tentar até o fim, as vezes tudo pode mudar. Uma vez li em algum lugar que se realmente quisermos, somos capazes de mudar nosso destino. Basta ter força e coragem.

– Eu já fiz tudo que eu podia fazer. Agora o que cabe a mim é relaxar e deixar o tempo levar.


Para ler ouvindo: The Fray - Look After You