segunda-feira, 1 de novembro de 2010

En -tô- lado.

"And we're driving just as fast as we can
And we're racing to outrun the wind
It's just me and you and you and me (...)
The highlight comes when you kiss me
And the stereo sings our sing
And we don't hesitate sing
And we're miles from the middle of nowhere
And neither of us seems to care
And that's why I love you so-o-o"

(Foto: Nauseas e Rabiscos)

Eu queria ter coragem suficente de falar tudo que eu tenho engasgado aqui na minha garganta e no meu coração, e eu queria que você entendesse de uma forma simples e bonita, sem brigas, sem rancor, sem meses sem se ver, sem conversar tentando tirar de você tudo que eu sei que existe.

Pode parecer louco, bobo pra quem vê tudo isso de fora, pode parecer isso para você, mas eu vejo de uma forma tão diferente, tão surreal. A verdade, é que eu não consigo me imaginar daqui uns anos sem você, porque para mim é isso, vai ser esse lenga-lenga mal resolvido e um dia qualquer em somewhere only we know a gente vai perceber que não tem outra opção e que todos esses anos foram inseguranças e tempo perdido.

Eu não queria que fosse assim, mas tento acreditar que ainda não estamos devidamente preparados para alguma coisa e que estaremos no futuro, e que as nossas promessas são de verdade, e que tudo vai dar certo, porque desde já eu tenho me esforçado o máximo para isso.

O que eu queria mesmo era saber como você encara toda essa coisa estranha dentro da gente que nunca vai embora. Eu queria entender como você convive com isso, se você deixa guardado embaixo dos tapetes como eu ou se você esqueceu, ou se pensa muito a respeito e se as suas demonstrações são mesmo verdadeiras, porque as vezes me paressem absolutamente reais, mas as vezes eu fico em dúvida.

Eu tenho medo de estar só me iludindo com uma coisa surreal que nunca vai acontecer. Medo de algum dia a gente se separar e cada um ir para algum canto, de eu ir morar no interior e você no centro, de você continuar com essa menina estranha que caiu do nada na sua vida e que as vezes eu também tenho dúvidas que exista de verdade, dos meus amores curtos, das minhas desistências, da distância...

Eu sei que talvez você nunca leia isso, que se ler talvez não dê importancia ou qualquer coisa do gênero, mas eu queria muito que você lesse e comprrendesse tudo que eu sinto, o que eu sempre quis falar e nunca tive coragem, porque eu tenho medo da sua reação, porque o que eu sinto é maior do que qualquer coisa explicavel ou entendivel.

Eu tenho medo. Medo de ouvir a sua voz do outro lado da linha, de te ver, de abrir a minha caixa de emails pela manhã e encontrar respostas suas, de acabar me desconectando de você por algum motivo, de tudo isso não passar de uma ilusão perdida e me fazer sofrer.

Sabe, vira e mexe eu fico pensando na gente, em tudo que aconteceu, no que acontece, em como eu me lembro detalhes de como tudo começou, de cada encontro nosso, da minha agonia ao te esperar toda manhã e da dor que eu sentia quando você estava ausente. E eu não quero nunca mais sentir essa dor de você estar ausente porque é péssimo. Quem disse que saudade é boa que vá a merda, saudade dói.

As vezes eu penso em sumir. Desaparecer de vez da sua vida sem deixar rastros porque talvez seja melhor para nós. Mas não, nós precisamos estar perto, temos a necessidade de dever satisfações sobre tudo que fazemos, sobre tudo que vivemos e você me acalma. Não é atoa que depois de tantas brigas feias estamos aqui lado a lado...

Eu só espero que dessa vez, todos os meus planos consigam dar certo. E que eu não esteja me enganando.

Para ler ouvindo: Cold War Transmission -Anberlin

Para assistir depois de ler: Reflections of a Skyline

Nenhum comentário:

Postar um comentário