sábado, 25 de setembro de 2010

Se eu mudei (e, sim, eu mudei).

Can we count on our conversations
To restore it like energon cubes?
Made one wish for a permanent kiss
That would echo through these bones like arsenic
I can figure out the point of anything
Just not as quick as I can mess up my life
With all my dreams hooked to hospital machines
I think, "Lets try redefining beautiful."


(Imagem: leilazhanybekova)



Não é problema meu



Eu mudei. Nos últimos tempos, e já há algum tempo. As pessoas que eu conheci, as coisas que eu vivi, as respirações que eu senti, as conversas que eu ouvi, as conclusões que eu nunca cheguei. Tudo foi me moldando, me construindo e desarrumando tudo o que já era fora de lugar.

Mudou o meu sorriso. Agora é mais duradouro, e mais sincero também. É mais leve, mais completo. As palavras. São mais seguras e claras. E menos sussurradas. O cabelo. Mais liso, mais escuro e mais “eu”. Os passos. São mais firmes. E menos guiados – são mais meus. O pensamento. É mais atento e acelerado. E menos ingênuo. Os olhos. Mais velhos, mais sábios. E menos sonhadores.

E não é problema meu. Se alguém não sabe lidar com que eu sou agora. Não existe isso de voltar a vida pra trás porque era mais confortável me deixar no escuro e se apoiar na minha admiração desmedida. Eu vou ser tudo aquilo que eu preferir. Não vou deixar de questionar, e procurar, e desconsertar.

Imperfeita. Incompleta. Mas real.


Pra ler ouvindo: Motion City Soundtrack - "Point Of Extinction"

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Meet me in Montauk

"As the memories fade away
I'm left with nothing of those days
As I beg for one last chance for you to stay
you pull me in and whisper in my ear: Meet me in Montauk!"

(Imagem: Os Gêmeos)

Só estou aqui para afirmar que eu sinto uma saudade tão boa...

Nem faz tanto tempo assim, mas você me faz uma falta danada e três dias pareceram três meses, mas falar com você novamente me trás uma paz tão absurdamente limpa e serena que me faz flutuar.

Sorriso nas orelhas, bom humor, piadinhas idiotas, expressam mais do que saudade. Eu me senti nas nuvens.

Já ouvi dizer que saudade lateja, dói, queima a alma, mas a minha não. É uma saudade boa de sentir, daquelas que quando as pessoas se vêem elas ficam felizes, se emocionam... daquelas que só de lembrar da vontade de chorar de felicidade, especialmente por saber que existe alguém que te deixa assim.

Seja lá onde quer que você esteja, você está sempre comigo e eu estou sempre com você...

"Meet me in Montauk!"


Para ler ouvindo: The girl from back then - Kings Of Convenience

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Sem Desperdício

She says: 'Won´t you take me?
When I let you take me away
I let you break me
And don´t you waste me
When I let you take me away
I let you take me here, why don´t you take me?'


(Imagem: gloeckchen)



Sem certeza.



Já há algum tempo eu decidi que nada mais seria desperdício. Que eu tentaria absorver alguma coisa nova em tudo e qualquer coisa que eu fizesse. Porque eu acho que em um certo momento eu perdi tanto tempo, que hoje eu sinto que alguma coisa só vale a pena se eu conseguir ver graça e alguma coisa de interessante naquilo.


E aí tem isso de querer fazer tudo valer a pena, porque, caso contrário, é tempo perdido. E aí é tempo que volta, pessoas que mudam, rostos que passam, olhos que brilham, vontade que chega. E é tudo sincero. Sempre. Toda a minha empolgação, e as palavras complicadas, e as idéias sem sentido, e as decepções momentâneas, e os êxtases surpreendentes. Fica tudo marcado e estampado no meu rosto.


Eu gosto desses tempos. Muito mais do que do passado. Eu gosto desse lugar comum que eu me encontro hoje. Porque é lugar comum, mas é também isso de coisa nova todo dia. E é tão isso de coisa nova que, ultimamente, até o passado tem esse sentido de inédito. Mesmo com todos os problemas, e todos os inevitáveis desperdícios eventuais, é bom respirar. Eu tento evitar que desperdicem a mim, e ao meu tempo, mas tem coisas que a gente não prevê, não controla. É torcer e esperar que tudo se ajeite. São bons tempos, esperando para virar bons toques, bons beijos e bons sorrisos.


É a beleza do incerto.




sábado, 18 de setembro de 2010

Deixa perder. E se perder.

"Love tears me up like a demon.
Opens the wounds and fills them with lead,
and I'm having some trouble just breathing.
If we werent such good friends I think that I'd hate you.
If we weren't such good friends I'd wish you were dead

Skillet on the stove is such a temptation,
maybe I'll be the special one that doesnt get burned.
What the fuck was I thinking?"


(Imagem: gloeckchen)

É isso de poder dar errado. Com um tanto de belo.


Parece certo. Eu quero que seja certo. Eu agradeço se for. Mas se não for, eu não vou ficar louca. Dessa vez, e não de novo. É isso de precipitação, de uma vontade tão grande e sem propósito que te tira o senso de pensamento. É como ver o certo e o errado virarem neblina e pó.

Eu fico pensando se ainda existe qualquer coisa que deixasse um sentir pena. As vezes é, ou deveria ser, o meu olhar, ou os meus olhos, ou a minha falta de distância de todas essas coisas novas. Porque sobrava falta de tempo, e pelo tanto de tempo, definitivamente, faltou distância.

Eu acho que fui eu. Porque não existe certeza. Eram as mãos, depois os braços. E depois foram pernas, e sorrisos, e bocas e dentes e frio na barriga. E isso de sei lá mais o quê. E agora eu acho que é só isso de dar errado. Alguma coisa de belo antes de tudo se perder e se achar nessa dança louca que as pessoas chamam de vida.

É que eu sou isso tudo de estranha. E de lugar comum. Eu sou tão absurdamente esquecível que o “não-lembrar” nem tinha que me surpreender nesse tanto. Mas ainda surpreende. Eu sei que é isso de absorver. Logo passa. É só o ‘de novo’, e não mais o ‘dessa vez’.



Pra ler ouvindo: Jenny Owen Youngs - "Fuck Was I"

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Your eyes

"There are very many things
I would like to say to you,
but i've lost my way
and I've lost my words."

(Foto: la-child)

Hoje passei horas e horas olhando sua foto e percebi uma coisa que eu nunca havia percebido antes, não que eu não tivesse de fato percebido, mas eu não nunca tive coragem suficiente para falar.

Seus olhos são lindos. Belos olhos castanhos, grandes e redondos, que ao mesmo tempo descrevem felicidade e tristeza, que se confundem e me deixam confusa, e que demonstra uma dor profunda e sem solução.

Grandes olhos marrons de ternura, que me lembram uma criança com a sua bicicleta nova ganhada de natal ou um menino apaixonado no ápice do sentimento, cheio de planos, sonhos e expectativas de vida...

E eu? Eu desejo tanto que tudo dê certo, mesmo sabendo que daqui a alguns anos, você não será mais você, por que as vezes você já não é.

Mas vou orar para que você sempre encontre um caminho, mesmo sabendo que você também vai se perder pelas ruas escuras, e de longe vou olhar por você para que você, um dia se encontre novamente, e volte a ter esse mesmo olhar brilhante da foto.


Para ler ouvindo: Kings of Convenience - The Weight of My Words

Que seja o que vai ser.

“Hold on we're gonna make it if it takes all night
Hearts racing like a rocket at the speed of light
Don't fight it we've been running for far too long
We're going back where we belong”



(Imagem: Karil)


É isso de dar certo



Chega de marra e de mágoa. Por enquanto, por hoje, por essa semana. Sei lá. Pelo tempo que for, e puder ser. É pânico bom, é vento forte no rosto, é a ultima respiração antes da queda. É parar de deixar chorar, de deixar doer.

Reconhecer o que não se conhece mais. Olhar o meu novo-velho rosto e descobrir que são os mesmos velhos olhos, com novas marcas que escondem meio-sonhos ainda não realizados. E sentir o sorriso um milésimo de segundo antes dele chegar nos lábios.

É tentar nunca mais e mais uma vez. Deixar o coração explodir de tanto sentir tudo e nada, e preencher o vazio com qualquer coisa de alma que restar pelo caminho. É isso de de vez em quando. É coisa que só a gente entende. Que seja o que a gente decidir transformar. É isso de dar certo.


Para ler ouvindo: Thriving Ivory - "Where We Belong"

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Pois é

"E todo dia eu me acho, não me encaixo
E peço aos poderes lá de cima
Quebrem a minha rotina, eu quero é ação"



(Imagem: floralsky)



Mi Casa.


As palavras que foram feitas pra você falar
As palavras que foram criadas para você se queixar
As palavras

A casa que foi feita pra você morar
A casa que foi projetada para a arquitetura comportar
A casa, a velha casa

E a lareira acesa, e o nosso amor na mesa
E a chaminé cuspindo o fogo da nossa paixão
E as plantas no vaso, e tudo que eu programei
E tudo que eu reguei foi por água abaixo
Qualquer dia eu me acho

É sempre um feinho para uma feinha
Para um perdido há sempre um caminho ou vários
É olhar para o céu e ver a imensidão

E todo dia eu me acho, não me encaixo
E peço aos poderes lá de cima
Quebrem a minha rotina, eu quero é ação
Mais um dia
Mais uma noite
Mais e mais um beijo molhado
Ver do seu lado, sentir o vento
Ficar contente
E preparar aquele que virá para nos substituir

Depois eu volto com um post meu de verdade.

Eu tô bem. Por favor vida, não foda com tudo.


Pra ler ouvindo: Rebobina - "Mi Casa"

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Cabe a nós

"You fall away from your past
But it's following you now
You fall away from your past
But it's following you now"

(Foto: Nondani)

– E aquela conversa?

– Conversa? Eu não preciso mais dela. Eu já entendi tudo.

– Entendeu o que?

– Que as vezes as coisas não podem ser como a gente quer. Infelizmente.

– Mas cabe a nós tentar até o fim, as vezes tudo pode mudar. Uma vez li em algum lugar que se realmente quisermos, somos capazes de mudar nosso destino. Basta ter força e coragem.

– Eu já fiz tudo que eu podia fazer. Agora o que cabe a mim é relaxar e deixar o tempo levar.


Para ler ouvindo: The Fray - Look After You