sexta-feira, 1 de outubro de 2010

25.

"I read the books then I burned the pages
Found the birds screaming in their cages
Where are the young voices of all ages
I would die to hear them sing

You don't have to go the lonely way
That directs your heart with sorrow
And leads your mind in disarray
Don't pretend that you don't know
25 years and nothing to show"


(Imagem: Sheppy2123)


É isso de envelhecer. E não envelhecer nunca.

Eu sou isso aqui. Nem mais, nem menos, nem nada. Sou todos esses anos marcados, gravados, chorados, gritados, brigados, bebidos, cantados, abraçados, descartados, descobertos, amados. Conquistados. Sou todas as minhas coisas e um pouco de todo mundo que eu fui deixando pelo caminho. E de quem eu ainda levo comigo. E da minha família.

São 25 anos de teimosia, de cabeçadas, de sonhos frustrados, de decisões mal tomadas, de indecisões, de conversas não terminadas, de relações mal resolvidas, de falta de jeito, de pensamentos não ditos, de lágrimas, de mal-entendidos, de vergonhas. De sentimentos.

E são 25 anos de toques, de bons encontros, de gargalhadas, de chocolates, de tatuagens, de arrepios, de frios na barriga, de porres, de coragem, de loirices, de conhecimento, de saltos, de beijos, de barulhos bons, de sinceridade, de amizades. De vida.

Hoje eu deixo tudo como está quando eu não sei resolver. O mundo se encaixa por si só. O que tem que voltar, sempre volta. E o que já foi, se não voltar, fica pelo menos a lembrança de um aprendizado, mesmo confuso, mesmo doído, mesmo sonhado. É deixar ser o que é, mesmo que não se saiba o que é que será.


Pra ler ouvindo: Harper Blynn - "25 Years"

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