sábado, 18 de setembro de 2010

Deixa perder. E se perder.

"Love tears me up like a demon.
Opens the wounds and fills them with lead,
and I'm having some trouble just breathing.
If we werent such good friends I think that I'd hate you.
If we weren't such good friends I'd wish you were dead

Skillet on the stove is such a temptation,
maybe I'll be the special one that doesnt get burned.
What the fuck was I thinking?"


(Imagem: gloeckchen)

É isso de poder dar errado. Com um tanto de belo.


Parece certo. Eu quero que seja certo. Eu agradeço se for. Mas se não for, eu não vou ficar louca. Dessa vez, e não de novo. É isso de precipitação, de uma vontade tão grande e sem propósito que te tira o senso de pensamento. É como ver o certo e o errado virarem neblina e pó.

Eu fico pensando se ainda existe qualquer coisa que deixasse um sentir pena. As vezes é, ou deveria ser, o meu olhar, ou os meus olhos, ou a minha falta de distância de todas essas coisas novas. Porque sobrava falta de tempo, e pelo tanto de tempo, definitivamente, faltou distância.

Eu acho que fui eu. Porque não existe certeza. Eram as mãos, depois os braços. E depois foram pernas, e sorrisos, e bocas e dentes e frio na barriga. E isso de sei lá mais o quê. E agora eu acho que é só isso de dar errado. Alguma coisa de belo antes de tudo se perder e se achar nessa dança louca que as pessoas chamam de vida.

É que eu sou isso tudo de estranha. E de lugar comum. Eu sou tão absurdamente esquecível que o “não-lembrar” nem tinha que me surpreender nesse tanto. Mas ainda surpreende. Eu sei que é isso de absorver. Logo passa. É só o ‘de novo’, e não mais o ‘dessa vez’.



Pra ler ouvindo: Jenny Owen Youngs - "Fuck Was I"

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