quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Todos os sentimentos errados (e confusos) do mundo

"I call you up, you pick up
You call my bluff...
You hold too close your hands to your chest
I can't read your eyes, but I confess
It's lonely far from you
Even when you're right by me
It's only why I wait for you to take my hand"


(Imagem: gloeckchen)


Por que eu sinto as coisas que eu sinto?

Tá tudo errado. O momento, a situação, o tempo, a diferença, o pensamento, a percepção, o atraso, a falta de coerência. Tudo. Eu sou muito menos. E infinitamente mais. E mesmo assim, eu ainda sinto as coisas que eu sinto.

Eu finjo – e fujo – bastante. Mas, muitas vezes, eu esqueço mesmo. Como se todos esses absurdos nunca tivessem sido tão impressionantemente sentidos por mim. E aí eu penso no despropósito de toda a situação, e me convenço que é só insegurança, confusão, bobagem. E aí alguma coisa mínima acontece. É o meu sorriso. Um toque, um gesto, uma preocupação, uma sinceridade. E aí eu vejo que eu ainda sinto as coisas que eu sinto.

É a dificuldade. De olhar e ver aquilo que eu não quero, não quero, NÃO QUERO. Aquilo é tudo o que eu não quero. E aí é tudo borrado, é luz, é frio na barriga, é sorriso bobo, olhar perdido. Me tira o ar. Sabe? Que isso seja uma coisa tão presente pra mim. Em mim. Que isso me tire do sério desse jeito. Por que eu sinto as coisas que eu sinto?

Como a gente faz pra parar de sentir todas as coisas erradas (e confusas) do mundo?


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