I swear by now I'm playing time against my troubles, oh
I'm coming slow but speeding
Do you wish a dance?
And while I'm in the front
The play on time is won
But the difficulty is coming here"
Todas as coisas estranhas do mundo
Eu gosto de frio. Muito frio. Daqueles que congelam os dedos e a ponta do nariz. E de dias cinzas, de garoa fina e gelada. E gosto de dormir ao contrário na cama. E com edredom, mesmo quando tá calor. De chorar até dormir. Do meu quarto de paredes azuis e vazias. E usar salto alto, pra qualquer coisa, em qualquer lugar e sempre. De ouvir músicas depressivas quando eu estou triste, e em todo o momento.
Eu gosto de homens altos, e de barba. E narigudos. De ligações no meio da madrugada. E de mandar SMS sem motivo, só pra dizer ‘boa noite’. E de morder. E de usar perfumes masculinos. De tulipas e borboletas. De rir até doer a boca. Dirigir a noite. De lua nova, e de estrelas. E da madrugada. Dos meios mais do que dos inteiros. E de Alice. Dos livros, não do filme. E do Matthew Fox.
Eu gosto de colocar leite em pó em todas as sobremesas do mundo. Torta, sorvete, gelatina, pudim. Todas. E de brigadeiro de microondas. E chiclete Trident de tutti-frutti. Do cheiro da comida da minha mãe. E da minha mãe. E pai e irmão. De caminhar com o meu pai. E do vento forte no rosto. E andar de bicicleta na praia. E da minha cachorra de luvas brancas.
Eu gosto de gestos de carinho inesperados. E reações espontâneas, mesmo que negativas. E de rir de besteiras com os meus amigos. De ver Friends de novo, e de novo. E de novo. De futebol. E de assistir campeonato de Pôker na TV. De Dave Matthews Band e Kings of Leon. De teorias sobre viagem no tempo, mesmo sem entendê-las. E de carros vermelhos.
E eu gosto dos meus olhos azuis e de como eles ficam quando eu choro. E dos meus pés estranhos e pequenos. E falar com as mãos. E dos meus cílios com rímel. Do meu nariz feioso em forma de bolinha. E das minhas unhas pintadas de roxo. Da minha barriga, e da minha pinta em cima do umbigo. Das minhas tatuagens. Da minha solidão, dos meus dias confusos, e das minhas crises de euforia. E minhas paixões absurdas, meus pensamentos desconexos, e de todas as minhas estranhezas compreensíveis.
Pra ler ouvindo: Dave Matthews Band - #41
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