segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Minhas Estranhezas

"Come and see
I swear by now I'm playing time against my troubles, oh
I'm coming slow but speeding
Do you wish a dance?
And while I'm in the front
The play on time is won
But the difficulty is coming here"

(imagem: damelth)




Todas as coisas estranhas do mundo

Eu gosto de frio. Muito frio. Daqueles que congelam os dedos e a ponta do nariz. E de dias cinzas, de garoa fina e gelada. E gosto de dormir ao contrário na cama. E com edredom, mesmo quando tá calor. De chorar até dormir. Do meu quarto de paredes azuis e vazias. E usar salto alto, pra qualquer coisa, em qualquer lugar e sempre. De ouvir músicas depressivas quando eu estou triste, e em todo o momento.

Eu gosto de homens altos, e de barba. E narigudos. De ligações no meio da madrugada. E de mandar SMS sem motivo, só pra dizer ‘boa noite’. E de morder. E de usar perfumes masculinos. De tulipas e borboletas. De rir até doer a boca. Dirigir a noite. De lua nova, e de estrelas. E da madrugada. Dos meios mais do que dos inteiros. E de Alice. Dos livros, não do filme. E do Matthew Fox.

Eu gosto de colocar leite em pó em todas as sobremesas do mundo. Torta, sorvete, gelatina, pudim. Todas. E de brigadeiro de microondas. E chiclete Trident de tutti-frutti. Do cheiro da comida da minha mãe. E da minha mãe. E pai e irmão. De caminhar com o meu pai. E do vento forte no rosto. E andar de bicicleta na praia. E da minha cachorra de luvas brancas.

Eu gosto de gestos de carinho inesperados. E reações espontâneas, mesmo que negativas. E de rir de besteiras com os meus amigos. De ver Friends de novo, e de novo. E de novo. De futebol. E de assistir campeonato de Pôker na TV. De Dave Matthews Band e Kings of Leon. De teorias sobre viagem no tempo, mesmo sem entendê-las. E de carros vermelhos.

E eu gosto dos meus olhos azuis e de como eles ficam quando eu choro. E dos meus pés estranhos e pequenos. E falar com as mãos. E dos meus cílios com rímel. Do meu nariz feioso em forma de bolinha. E das minhas unhas pintadas de roxo. Da minha barriga, e da minha pinta em cima do umbigo. Das minhas tatuagens. Da minha solidão, dos meus dias confusos, e das minhas crises de euforia. E minhas paixões absurdas, meus pensamentos desconexos, e de todas as minhas estranhezas compreensíveis.

Pra ler ouvindo: Dave Matthews Band - #41

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