quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Nada sobre o novo ano

"And she knows her life is changing
It's never easy letting go
For the first time you are mortal
As the child before you grows
And she wonders at the sight
Of the joy that she has found

Even closer than this life
Closer than your faith
Closer than the things that you hold dearly
And in vain
Closer than this life
Falling through again
Giving more than anything
That you could hope to win"

(Imagem: monislawa)
Então é velho-novo ano.



Eu sei lá. É tudo isso e não é nada. Cansei desse deja vu em loop, mas eu gosto de sentir esse voltar das coisas que me dão frio na barriga adolescente. Essa novidade antiga que me tira os pés do chão e me joga de volta com toda a força que me puxa pra baixo.

É novo ano, e eu nem sei. Tenho muita coisa pra agradecer e planejar. Eu escrevi um texto enorme que entitulei "As três coisas mais absurdamente extraordinárias - que eu nunca pensei que fossem me acontecer - de 2010". Sim, se esse é o tamanho do título, imagina o tamanho do texto. A idéia original era dividir em 3 partes e ir postando aqui no blog. Mas aí mudei de idéia, não vou mais postar, não é o momento. Talvez eu mande só pra quem é importante e eu cito no texto.

O texto fala de pessoas muito mais do que de coisas, na verdade. Porque as coisas só são extraordinárias e absurdas quando as pessoas as fazem assim. As pessoas que a gente encontra, reencontra, conhece e reconhece pelo caminho é que são as variáveis dessa equação inifinita que a gente vive.

Ao longo do ano passado eu descobri que escrevo melhor quando eu me sinto bem. O que foi uma surpresa, porque eu sempre achei que pra escrever melhor era necessário uma coisa de melancolia explícita, ou pelo menos subentendida. Mas as palavras me vem mais fáceis quando eu me sinto feliz, seja lá o que feliz queira realmente dizer.

E é por isso que essa minha falta de vontade de escrever nos últimos tempos tem sido estranha pra mim. Porque eu tô bem. Mas é essa preguiça. Esse tédio quase suicída que eu vivo ultimamente. É como se eu estivesse parada olhando o mundo girar ao meu redor. E eu não vejo a hora de voltar a girar e viver com o mundo.

E existe essa coisa que tem me incomodado ultimamente. Esse monte de sentimentos novos e velhos que eu não sei definir - mas que eu queria. Porque me faz mal e bem, e me deixa confusa e bagunçada de um jeito complexo demais para esse minha fase simples compreender. É esse descaso conjunto que me desmotiva.

Eu preciso respirar mais inspiração, e menos paranóia. Não dá pra tudo ser sempre do meu mau jeito, no meu bad timing.



Pra ler ouvindo: "Closer" - Better Than Ezra

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